O ciclo de vida de uma estrela


(Fonte: Almanaque Abril 2014) As estrelas são corpos de gás com tamanho suficiente para desencadear em seu interior reações nucleares. Essas reações ocorrem por causa da grande força gravitacional das estrelas, que torna o seu centro quente e denso de forma a fundir os núcleos dos átomos de hidrogênio, criando átomos de hélio. Com isso, elas vão consumindo a própria matéria-prima da qual são feitas e produzindo elementos mais pesados. É a energia liberada nessa fusão nuclear que faz uma estrela brilhar, não apenas em luz visível, mas também em radiações eletromagnéticas de diferentes comprimentos de onda, como os aios infravermelhos. A estrela mais próxima é o nosso Sol.

Toda estrela possui um ciclo de vida. Ao longo de milhões, bilhões ou até trilhões de anos elas vão consumindo o hidrogênio que há no seu interior, e, após acabar com o combustível elas se expandem e por fim implodem. É o fim de uma estrela. Veja a seguir esse ciclo em detalhes.

Como nascem e morrem as estrelas?

Uma estrela como o nosso Sol pode ter seu diâmetro aumentado 100 vezes antes de começar a apagar.

  • Nuvem molecular


Uma estrela nasce em regiões chamadas berçário estelar, que contém nuvens moleculares gigantes, cheias de gás e poeira, que ocupam áreas equivalentes à do Sistema Solar! Com a ação da gravidade, os gases e a poeira se juntam, e a nuvem molecular perde suas partes mais densas.

  • Fusão Nuclear


Uma pedaço desprendido que ganhe mais densidade e calor pode passar a girar até virar um disco. A estrela nasce quando a temperatura e a densidade no disco ficam tão altas que seus átomos de hidrogênio se fundem, virando hélio. É o início da fusão nuclear.

  • Estágio atual do Sol


Com a fusão nuclear em ação, a estrela entra numa fase estável, que dura cerca de 10 bilhões de anos para estrelas pequenas ou médias, como o Sol. Em astros maiores, a fase estável só dura milhões de anos. Com o fim do hidrogênio, o combustível para fusão passa a ser o hélio.

  • Gigante vermelha


Quando predomina a fusão do hélio, a estrela ganha energia extra e se expande, virando uma gigante vermelha, ou supergigante vermelha se era um astro com pelo menos oito vezes a massa do Sol. Dependendo do tamanho, o destino da estrela segue por dois rumos.

Um rumo...
  • Anã Branca


Para uma estrela como o Sol, a fase gigante vermelha dura cerca de 2 bilhões de anos. Depois, o astro expulsa suas camadas externas, virando uma nebulosa planetária. No centro dela fica o "cadáver" do velho astro, uma estrela anã branca. Feita de carbono e oxigênio, ela termina seus dias esfriando por bilhões e bilhões, mas sem apagar totalmente.

Na ase gigante vermelha, daqui a 5 bilhões de anos, o diâmetro do Sol engolirá a atual órbita da Terra. Já quando virar uma anã branca, o Sol deve ficar com um diâmetro parecido com o do nosso planeta, cerca de um centésimo do diâmetro que a estrela tem hoje.

Outro rumo...

  • Supernova


Nas estrelas com mais massa que o Sol, a fusão nuclear continua, e o hélio vai se transformando em elementos mais pesados, até chegar ao ferro. O núcleo fica tão denso que não consegue mais suportar o próprio peso e desaba, liberando tanto energia que a estrela se despedaça. É o fenômeno conhecido como supernova.

  • Estrela de nêutrons


A detonação de uma supernova pode criar uma estrela e nêutrons. Isso ocorre se o núcleo que entrou em colapso tiver menos do que três massas solares. Neste caso, o que resta da supernova é uma crosta de ferro sólido, muito densa, debaixo da qual está uma "papa" formada por nêutrons.

  • Buraco negro


Se o núcleo que originou a supernova tiver mais que três massas solares, o destino da estrela é se contrair até virar um ponto de gravidade pura. É o temido buraco negro, que teoricamente á tão denso que nem a luz consegue escapar da sua gravidade.


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